
Aconteceu no último dia 07/08 a abertura da 43º edição do Festival de Cinema de Gramado, cuja programação segue até o dia 15.
A primeira sessão do festival apresentou na tela grande quatro visões distintas sobre a solidão.
Fora de concurso, “Quem Horas Ela Volta?” abriu a mostra e recebeu calorosos aplausos enquanto subiam os créditos, efeito da poderosa história da empregada doméstica Val (Regina Casé) e de sua filha que desfia o status no público. “Esse é um filme sobre a utopia de que chegue o dia em que o respeito pelo outro dê o tom das nossas relações sociais”, apresentou a diretora Anna Muylaert, antes da sessão.
Precedeu a exibição do longa, o terno curta-metragem “Bá”, de Leandro Tadashi, mostrou a velhice sob o ponto de vista de uma criança. Já “Como são cruéis os pássaros da alvorada”, de João Toledo – curta que não participou do concurso – abordou a difícil passagem da adolescência para a vida adulta, centrando-se em um jovem personagem e suas confusas relações sociais.
Encerrando a primeira sessão do festival, a película “Em La Estancia”, do mexicano Carlos Armella é uma ficção com cara de documentário. Trata-se da história de um jornalista que tenta registrar a vida dos últimos dois habitantes do povoado La Estancia, que ficou desabitado após a falência da mina em torno da qual se organizava o vilarejo.
Discursos mostram orgulho e otimismo
Embalados por trilhas sonoras famosas do cinema internacional – como os temas dos filmes Pantera Cor de Rosa, Indiana Jones e 007 –, executadas ao vivo pela Orquestra Sinfônica de Gramado, as autoridades que discursaram na abertura do 43º Festival de Cinema deixaram a emoção se manifestar em seus discursos.
O orgulho e o otimismo deram a tônica da cerimônia. “Aos 43 anos, Gramado não dá sinais de desgaste. Pelo contrário, se reinventa a partir da inserção de produções latino-americanas e dá um passo importante na construção de uma verdadeira integração entre os países do nosso continente”, celebrou o secretário nacional do Audiovisual, Pola Ribeiro.
Comandante maior das políticas voltadas à difusão da arte no Rio Grande do Sul, o secretário de estadual da Cultura, Victor Hugo, destacou o festival como uma importante alavanca de desenvolvimento. “No governo, temos uma missão de impulsionar iniciativas da chamada economia da cultura, como é o caso desta festa que tanta alegria nos dá”, pontuou.
Fotos: Cleiton Thiele, Edison Vara e Igor Pires/ Agência PressPhoto