
O Polo Arqdec Interior abre as portas de sua sede na noite de 13 de março para receber a exposição Entre-linhas (sic), do artista plástico Duda Rosa, um dos mais importantes expoentes brasileiros da Optical Art (Op Art). Os 12 trabalhos selecionados exprimem um abstracionismo geométrico minuciosamente combinado, capaz de transmitir uma sensação ilusória de velocidade e movimento às imagens, promovendo interação entre obra e espectador.
O artista, que já expôs em Portugal, na Itália e na França – no Salon de La Société Nationale des Beaux-Arts do Carrousel Du Louvre, em Paris, onde foi premiado com o Prix Spécial da SNBA – acaba de fixar residência em Campinas, trazendo na bagagem seu rico acervo.
O vernissage coincidirá com a primeira edição do Dia do Chef 2014, pilotado por Mateus Matana, chef do badalado Maria Antonieta Boulangerie Pâtisserie, que promete arrebatar os comensais com suas especialidades da cultura francesa, como o mil folhas de brie, zucchini grelhada e presunto cru, a tartine roast beef com queijo azul, cebola caramelizada e rúcula no pão levain integral com acompanhamento de mini cacho de uva, damasco, pera e figo, e a tarte tatin com crème chantilly.
Sofás e poltronas da italiana Natuzzi Editions, líder mundial em produtos estofados de couro, emprestarão todo seu design e elegância para a ambientação especial do evento, assinada pela Única Móveis & Objetos, representante exclusiva da marca em Campinas. Como se vê, a direção do Polo está empenhada para que a ocasião seja primorosa, dando o tom de muitas outras ações que ocorrerão em seus domínios no decorrer do ano.
Sobre a exposição
Multidimensionais, provocativas, pulsantes, interativas. Estarão reunidas obras feitas em camadas de metacrilato minuciosamente montadas e emolduradas, resultando em um efeito de ilusões ópticas quase que hipnóticas. As 12 obras cinéticas selecionadas integram a série Movimetria e serão apresentadas em dimensões que variam de 70 x 70 cm até 1,5 x 1,5 m.
As obras de Rosa traduzem a essência da estética do movimento. Com a segurança adquirida em quase três décadas de trabalho, o artista possui sensibilidade aguçada que permite inspirar-se nas mais diversas fontes, como elementos da natureza, do universo urbano e da arquitetura para criar suas composições, ora coloridas, ora em preto e branco.
Retas, curvas, paralelas… As mais variadas formas geométricas surgem meticulosamente coordenadas nos trabalhos de Duda Rosa, de forma a transmitir a impressão de perspectiva, profundidade e movimento. “Alguns temas são preciosos para a concepção do meu trabalho, como a observação do cotidiano, a busca pelo volume, a dinâmica do movimento e a provocação da perspectiva da tridimensionalidade”, explica o artista.
As imagens parecem em constante vibração e em total sinergia com a atualidade – dinâmica, inquieta, vigorosa. Para Duda Rosa, na presença da obra, o espectador se posiciona diante de uma “porta aberta” por onde ele pode passar e interagir, colaborando para a construção de uma experiência sensorial e única.
Sobre Duda Rosa
Duda Rosa – que acumula participações em dezenas de mostras, feiras de arte, produções culturais e exposições no Brasil e no exterior – é um dos mais expressivos representantes brasileiros da Op Art, movimento artístico originado na década de 1960, que tem por objetivo dar a impressão de movimento às obras de arte por meio da combinação de figuras geométricas. Sua carreira teve início no final da década de 80 nas artes gráficas e foi num crescente que ocorreu a migração de suas atividades como designer de objetos, responsável por desenvolvimento de produtos, para expoente da arte cinética e expert na Fine-Art, alçado ao patamar de outros nomes importantes como os venezuelanos Cruz-Dies e Jesus Soto e o brasileiro Abraham Palatnik.
Sua trajetória artística recentemente foi exaltada por um dos mais respeitados artistas plásticos brasileiros, Antonio Peticov: “… um jovem artista que, oriundo e cansado do mundo exato e geralmente estéreo da publicidade, estava desenvolvendo um interessante trabalho experimental ligado às possibilidades de expansão da experiência visual proporcionada por uma obra de arte que, mesmo confinada nos limites retangulares de um “quadro”, provocavam no observador uma sutil, porém altamente gratificante sensação cinética de encontro com uma multidimensionalidade geralmente procurada, mas raramente encontrada, na maioria dos trabalhos de grandes mestres dessa área diretamente relacionada tanto com a retina como com os nossos processos de cognição mental…”.
A exposição segue aberta ao público até 28 de março, com entrada franca. O endereço do Polo Arqdec Interior é Rua Odila Maia Rocha Brito, 169, Nova Campinas. As visitas devem ser agendadas pelo telefone (19) 3255-4992.
Fotos: Divulgação