Florista transforma casa em loja de flores para ajudar produtores

  • 3 de junho de 2020
  • 0
  • 257 Visualizações
Compartilhe:

A pandemia de Covid-19 (coronavírus) afetou diversos setores da economia, incluindo o de flores. De acordo com o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), até o final da crise é possível que o setor perca até 120 mil empregos e que até 66% das empresas se vejam obrigadas a encerrar as atividades. Segundo a entidade, o fechamento das floriculturas (que não são consideradas serviços essenciais) e até mesmo a falta de eventos tem contribuído para esse cenário.

A Ibraflor afirma que a cadeia produtiva de flores movimenta R$ 8,2 bilhões por ano e gera cerca de 1 milhão de empregos diretos e indiretos. Somente no mês de março, essa parcela da economia brasileira teve perdas na casa de R$ 297 milhões. O diagnóstico é que a pandemia tem afetado todos as pessoas do setor, sem exceção.

Para tentar diminuir o impacto da crise para pequenos produtores, o decorador Roberto Rabello resolveu criar uma ação solidária. Florista que já fez trabalho para grandes celebridades, como o cantor Leonardo, Anitta, Alcione, Ana Maria Braga, Ivete Sangalo e outros, Rabello tem recolhido e revendido em sua casa, na Capital Paulista, flores produzidas em Atibaia (interior de São Paulo).

 

Divulgação

 

“Eu me sensibilizei quando vi que que eles estavam perdendo toda a produção de flores porque não tem lugar e para quem vender nesse período. Parte das flores estava tendo que ser inclusive triturada. Isso me doeu a alma e eu fiquei com o coração maltratado. Então eu decidi fazer alguma coisa para ajudar, já que tudo que eu tenho e que sou eu devo às flores”, conta.

O florista afirma que são quatro produtores de rosas, flores do campo e orquídeas que ele tem ajudado por enquanto. As flores são divulgadas e vendidas pela internet, sendo que as entregas estão sendo feitas por delivery em São Paulo (Capital).

Rabello explica que as flores que estão sendo vendidas agora foram plantadas no início de 2020 justamente para serem comercializadas nesse período do meio do ano, que abriga eventos como Mês das Noivas, Dia das Mães e Dia dos Namorados.

“Todo mundo que trabalha com flores depende dos produtores. Nós, enquanto floristas, precisamos que eles plantem, semeiem, reguem e tragam para São Paulo para que a gente possa fazer o nosso trabalho de decorar e deixar um ambiente belo. Então, nesse momento não só eu, mas todos precisamos nos unir e nos movimentarmos para fazer algo para ajudar nesse período que eles estão passando”, defende.