Como reduzir riscos de contágio neste fim de ano

  • 9 de dezembro de 2020
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Após mais de duzentos dias do início da pandemia no Brasil, os cuidados sobre como utilizar máscara, lavar as mãos, utilizar álcool em gel e evitar aglomerações para evitar o contágio da COVID-19 já deveriam ser conhecidos por todos. Mesmo assim, o número de casos confirmados da doença em alguns Estados é o maior já registrado. E o período de férias e fim de ano tem preocupado ainda mais os especialistas em relação ao possível aumento ainda mais crítico no número de casos.

“O ideal é que as pessoas não fizessem nenhuma confraternização – da empresa ou de fim de ano – com pessoas que não moram em seu domicílio. Mas, sabemos que isso é complicado, então procurem fazer ao ar livre, só tirem a máscara no momento da alimentação e, se possível, que as pessoas só sentem juntas com seu núcleo domiciliar”, explica a médica infectologista e coordenadora do Núcleo de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Marcelino Champagnat, Viviane Hessel.

Outras dicas importantes são evitar o cumprimento com contato físico (beijo e abraço), disponibilizar álcool em gel próximo ao buffet e no banheiro e, se for contar com a presença do Papai Noel, que ele esteja sempre de máscara e higienize as mãos no momento da entrega dos presentes. Também é importante não haver contato físico na hora das fotos e quem sentir qualquer sintoma respiratório não deve ir à confraternização.

O aumento do número de casos não é visto como uma segunda onda da doença, mas um segundo pico, já que o número de casos e mortes não chegou a zero em nenhum momento no país. Por isso, o crescimento está ligado diretamente ao comportamento da população. A médica alerta que o distanciamento ainda precisa ser respeitado. “Manter o distanciamento físico quando precisar entrar em contato com outras pessoas, utilizar a máscara o tempo todo fora de casa, mesmo que esteja em um ambiente de pessoas conhecidas, dar preferência ao trabalho remoto para evitar transporte público e contato com mais pessoas e, se tiver qualquer suspeita, ficar em casa”, ressalta a infectologista.