Segue em cartaz até 22 de janeiro no Teatro Amil, em Campinas, o espetáculo “Conversando com Mamãe”. Com interpretações impecáveis, os atores Beatriz Segall e Herson Capri encenam texto de Santiago Carlos Oves, adaptado para o teatro por Jordi Galceran, com direção de Susana Garcia. Com muita leveza e sensibilidade, os atores mostram no palco um passeio pelas relações familiares.
A direção de Susana Garcia de “Conversando com Mamãe” traz surpresas, humor e emoção, que colocam o espectador diante do imponderável. O cenário é de Marcos Flaksman, os figurinos de Kalma Murtinho, a iluminação de Paulo César Medeiros e a música, composta especialmente para o espetáculo, de Alexandre Elias.
O enredo conta a história de Jaime, um executivo bem sucedido que, ao perder o emprego, vê sua vida desmoronar. Para salvar seu casamento e sua posição social, resolve vender o apartamento onde mora sua mãe. Em uma conversa clara, sincera e muito emocionante, eles falam de sentimentos, da ausência do filho, dos mimos que a mãe ainda faz ao filhinho cinquentão.
Com texto emocionante traduzido por Pedro Freire e direção precisa de Susana Garcia, idealizadora do projeto, “Conversando com Mamãe” conquistou o público com o resultado da montagem. O texto foi feito originalmente para o filme de mesmo nome, que recebeu diversos prêmios.
“A empatia é imediata porque a peça é simples e engraçada e, além disso, Beatriz, com seu carisma, conquista a simpatia da plateia desde o começo. A trama atinge a todos, pois fala de mãe, filho, sogra, netos, esposa e marido, enfim, relações familiares, com humor e sensibilidade”, explica Capri.
Na plenitude de seu ofício, a atriz Beatriz Segall afirma que o trabalho de Susana Garcia contribuiu para o sucesso da peça. “Ela fez um trabalho magnífico. Além disso, trabalhar com Herson foi um enorme prazer, porque além de ser excelente ator, é um companheiro de trabalho fora do comum. Muito generoso, respeita muito o colega, de uma honestidade e eficiência impressionantes. Fico segura quando contraceno com ele”, explica a atriz.
A história, escrita pelo conceituado dramaturgo e diretor argentino Santiago Carlos Oves, virou filme em 2004 e foi adaptada para teatro pelo dramaturgo espanhol Jordí Galcerán. Em 2008, a diretora Susana Garcia resolveu transformá-lo em uma peça de teatro, quando soube que a adaptação já existia e que havia uma montagem em cartaz em Paris, com muito sucesso. A tradução de Pedro Freire foi baseada nessa readaptação para a montagem no Brasil.
Beatriz Segall dá vida à irresistível mãe do título, uma senhora inteligente, moderna, simpática e divertida. Segundo ela, as mães movem o mundo e são mutáveis com o tempo. “O diferencial desse texto é a abordagem diferente: é uma conversa entre mãe e filho, os dois têm personalidade forte, se amam, brigam e também se entendem. Essa mãe sempre foi muito simplória e entregue ao marido, mas evoluiu e se tornou independente e, embora não seja culta, é observadora”, conclui Beatriz.
O espetáculo acontece às sextas, 21h, sábados, às 20h e 22h e domingos, às 19h.
Foto: Paula Kossatz