Estreia nesta sexta, 16/09, o espetáculo “Ciranda”, no Teatro Amil, em Campinas. Escrito por Célia Regina Forte e dirigido por José Possi Neto, o espetáculo traz ao palco a campineira Daniela Gali ao lado de Tânia Bondezan, que interpretam três gerações de mulheres da mesma família em seus conflitos mais íntimos.
A trama gira em torno do universo feminino familiar por meio da relação de mãe, filha e neta, apresentando visões e condutas completamente diferentes entre elas. Os relacionamentos são retratados por um período de quinze anos com humor ácido e ironia, levando as diferenças entre mães e filhas às últimas consequências.
“Ciranda” é o segundo texto encenado da jornalista Célia Regina Forte, autora de Amigas, Pero no Mucho, que conta também com direção de José Possi Neto e produção de Selma Morente. “Ninguém entende tanto minhas mulheres como o Possi. Ele tridimensiona de maneira impressionante o que coloquei no papel. Foi assim em Amigas… e está sendo agora”, afirma Célia.
“Os movimentos dessa ciranda são tão vertiginosos, e tão absurdos os caminhos tramados pelo destino dessas personagens, que elas se tornam perigosamente realistas e novelescas. Porque a vida, assim como o destino são completamente absurdos”, revela Possi Neto.
“Interpretar duas personagens tão antagônicas é poder experimentar sentimentos e seres distintos. Porém por serem mãe e filha, são também as mesmas dores. São essências da mesma fonte e da mesma família de emoções” diz Tânia.
“Ciranda” surgiu da vontade da autora de falar sobre as ciladas que o destino pode oferecer e como isso pode ser muito engraçado pra quem está de fora e dramático pra quem vive essas questões. “O imponderável, as curvas do destino, a perda dos que amamos, a intuição feminina, se transformam, nas mãos de Célia, em ingredientes fatais, em tintas fortíssimas que me permitem extrair a mais hilariante comédia nos momentos mais trágicos e profundas emoções dos momentos patéticos”, completa Possi.
A diferença de convicções e o modo de encarar a vida são os pontos de partida nas relações dessas pessoas surpreendidas pela passagem do tempo e para onde ele as levará. O confronto e o limite familiar são testados por essas mulheres que se amam profundamente, apesar das diferenças. “É na família que testamos todos os nossos limites”, diz a autora.
Daniela busca referências que poderiam colocá-la nessas situações, sem julgar: “O bacana dessa Ciranda é dizer que a gente pode até tentar ser muito diferente um do outro, mas no fim das contas o que nos rege é a busca por algo que é muito parecido. Elas se ferem, se ajudam e vão até o fim. O que eu gosto muito no texto, é que aborda com clareza as características que revelam como o ser humano é lindo e patético, ao mesmo tempo”, conclui.
“Ao ver a Tânia e a Daniela interpretando essas personagens com tanta inteligência, humor e perspicácia, percebo que encontraram uma deliciosa maneira, conduzidas pelo Possi, de contar essa história”, finaliza Célia.
“Ciranda” fica em cartaz até 25/09, as sextas e sábados, às 21h e domingos, às 19h. Ingressos: Sexta – R$30 (setor 2) e R$ 40 (setor 1) / Sábado – R$40 (setor 2) e R$ 50 (setor 1).
Foto: João Caldas