Câncer de pele e os cuidados no verão

  • 12 de janeiro de 2022
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De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Apresenta altos percentuais de cura, se for detectado e tratado precocemente. Entre os tumores de pele, é o mais frequente e de menor mortalidade, porém, se não tratado adequadamente pode deixar mutilações bastante expressivas. Já o melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão, é o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase.

Principalmente no verão, os cuidados com a pele não podem ser esquecidos. “Nunca podemos nos expor ao sol de maneira desprotegida. Focarmos em filtros solares com fator de proteção no mínimo 30 (FPS 30), que protejam também para raios ultravioleta A, que é visto na embalagem como PPD. Usarmos roupas que cubram o corpo dos raios ultravioletas, se forem com fator de proteção na trama do tecido é melhor”, destaca a dermatologista Gislaine Sales Gomes Lara.

Ela reforça que deve-se evitar a exposição solar entre às 10h e às 16h, pois é nesse período em que a radiação ultravioleta B (UVB) é mais acentuada. “Todos esses cuidados devem ser redobrados em ambientes com muita exposição solar, como praias e clubes. Os protetores solares devem ser reaplicados a cada duas ou três horas, usar chapéus e óculos de sol para proteger couro cabeludo, orelhas e olhos, regiões muitas vezes negligenciadas nos momentos de lazer”, salienta a médica.

Um hábito apreciado por algumas mulheres, o bronzear não é aconselhado por Gislaine Sales. “Qualquer tipo de bronzeamento deve ser evitado, principalmente se usar produtos que aceleram o processo. A exposição solar, quando ocorrer, deve ser por pouco tempo (uma média de cinco minutos) diariamente e, nos melhores horários, pensando mais nos benefícios do sol do que na mudança de cor da pele”, ressalta a dermatologista.

O câncer de pele é uma doença silenciosa, mas a especialista explica quais os sinais devem ser observados. “Devemos ficar atentos a toda lesão que apareça e seja difícil de cicatrizar, manchas que não existiam previamente e pintas antigas que mudam de aspecto, com alteração de cor, formato, tamanho ou que apresentem dor, prurido ou sangramento”, destaca a médica.

Como muitas pessoas aproveitam essa época para viajar para a praia, a dermatologista Gislaine Sales dá algumas dicas para aproveitar o passeio sem intercorrências com a pele:

Sempre lavar bem a pele após um dia de praia para retirar todo resquício de produto que tenha sido aplicado;
Evitar banhos de chuveiro quente e o uso de buchas no banho para não aumentar o ressecamento da pele;
Caprichar na hidratação da pele pós banho para repor a barreira lipídica, muitas vezes perdida pelos excessos na praia;
Usar produtos com fator de proteção solar, inclusive em cabelos e todo o corpo;
Cuidados redobrados com bebidas que tenham cítricos, como limão, pois podem levar a manchas escuras com o contato com o sol. Os mesmos cuidados também devem ser tomados com frutos do mar.