Estudo realizado por faculdade campineira indica que o cigarro reduz ação de antibiótico
No 24º ano em que se instituiu o Dia Nacional de Combate ao Fumo, uma pesquisa do curso de Odontologia da Faculdade São Leopoldo Mandic, de Campinas, reforça a lista de males causados pelo tabagismo.
Considerado pela Organização Mundial de Saúde fator de risco para mais de 50 doenças e responsável por 200 mil mortes por ano no Brasil, o cigarro pode afetar de forma negativa a atuação de antibióticos e interferir na eficácia do tratamento proposto, conforme aponta o estudo.
A pesquisa – realizada em parceria com a área de Farmacologia da Faculdade de Odontologia da Unicamp – utilizou o antibiótico Metronidazol, receitado principalmente no tratamento de doenças periodontais e ginecológicas e revelou que o medicamento tem ação reduzida em fumantes.
O trabalho será apresentado pela cirurgiã-dentista Fabiana Pinchetti Nolasco, graduada pela Faculdade São Leopoldo Mandic, no Congresso Mundial de Odontologia que será realizado em outubro, nos Estados Unidos.
A conclusão da pesquisa aponta que, para compensar a redução do efeito do medicamento no organismo, dentistas e médicos precisariam ministrar doses maiores do remédio para os pacientes fumantes.
A nova dosagem implica, porém, no risco de potencializar também os seus efeitos colaterais, como alteração de paladar e diarreia, entre outros problemas.
Fumantes em risco: estudo revela outros males do cigarro
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